quarta-feira, 18 de abril de 2012

O DRAMA DA GREVE E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA PROFESSORES, PAIS, ALUNOS E O CALENDÁRIO ESCOLAR

Por Hélio Machado

Ola! Graça e paz a todos. 
Espero encontra-los de bem com a vida e em paz com Deus. 
Quero emitir minha opinião sobre a questão dramática que vive nossa classe de professores, sobre tudo aqueles de escolas públicas. 

Até aqui sempre que preciso o ultimato recorrente dos professores para os órgãos governamentais é a greve. Utilizando-se da pressão de não estar acontecendo o ano letivo os professores reivindicam seus direitos mais do que justo. Aliás não é concebível que o profissional que é o responsável pelo preparo intelectual de um médico, de um advogado, de um promotor, de um juiz, de um engenheiro etc., seja financeiramente tão inferior a tais profissionais. Por que só eles tem o direito de ter sua carga horaria valorizada e o professor não. Aliás um advogado apenas com um diploma de bacharel é chamado de doutor, enquanto que um professor mesmo tendo doutorado continua sendo "apenas um professor".(coloquei o "apenas um professor" entre aspas para que entendam a forma irônica como estou usando a expressão). Então só resta para eles (os professores) ir à luta em defesa de seus direitos.

Surge porém outra questão. O aluno que é colocado no fogo cruzado entre Governo e professor. Eles não tem culpa (exceto pela escolha de se já votar ter ajudado eleger seus governantes), de o Governo privilegiar outras intenções que não a de um professor valorizado na sala de aula. Acontece que isso já virou pragmatismo governamental sair sempre pela tangente quando se trata de valorizar o professor. E não se trata de bandeira ou cor partidária A ou B. Tem sido um circulo vicioso de governantes independente de  qual seja o seu seguimento partidário. E então o aluno é o refém que ambos utilizam para tentar resolver a questão. Sendo assim tudo que o governo quer é ver os pais criticando a atitude dos professores, enquanto estes contam com a compreensão dos mesmos com o objetivo de transformar suas lutas em vitórias.

Acompanhando na imprensa percebi algumas manifestações de pais de alunos, todos concordando que é justa a reivindicação dos professores, porém a maioria reclamando por causa de ter que sofrer outra paralisação das aulas prejudicando assim mais uma vez o ano letivo. 

Refletindo sobre o assunto então cheguei a uma conclusão. Que poderíamos ter uma outra opção que não a greve. Desde que nossa sociedade não fosse tão alienada com relação às lutas pelas causas sociais. Torcemos pelo bem de nossa sociedade mas desde que o problema não afete diretamente o nosso bolso preferimos mesmo é ficar olhando pela janela a banda passar. 

Não deveria ser assim. Os país poderiam impedir que os professores fizessem greve. Desde que eles, (os pais) comprassem a luta em favor de uma melhor educação para seus filhos e fossem para as ruas. Assumissem a bandeira de luta dos professores. Que fossem eles (os pais) os cara pintadas da vez dizendo não á falta de respeito para com a classe docente, indo até as ultimas instancias brigar pelo direito de seus filhos serem ensinados por profissionais valorizados. Com certeza teríamos uma reviravolta na história da educação em nosso estado e em todo o país. Mas infelizmente isso tudo parece utopia.

Está na hora de nossa sociedade acordar para a realidade. Se sonhamos com um estado que proteja o seus cidadãos devemos, primeiramente não vendermos nosso voto e nem tão pouco usá-lo como barganha em troca de favores e segundo fazer valer o nosso direito de expressão fazendo coro com aqueles que estão engajados com causas dignas que poderão resultar em uma sociedade mais digna e fraterna.

Minha solidariedade com todos os professores. Peço a Deus que sensibilize nossos governantes para que viabilize políticas justas salarias para nossa classe docente e que nossa sociedade acorde para a realidade de que estamos em um novo tempo. Tempo este que não tem espaço mais para coronelismo nem curral institucional, pois como diz nossa constituição, todos são igual perante a lei. Vamos fazer valer na prática esta verdade.
Seu amigo 
Hélio Machado.




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