terça-feira, 29 de maio de 2012

CORTE A CORDA













Por Hélio Machado

Um alpinista que ao tentar escalar uma montanha ficou preso numa rocha sem poder descer. O homem foi tomado pelo desespero e clamava por socorro. De repente, ouviu a voz de alguém que dizia para ele cortar a corda que lhe sustentava e não deixava descer. Porém, o medo não permitiu que ele tomasse tal atitude.

À noite se foi, e a neve da noite foi forte demais para que o homem pudesse resistir e ele morreu. De manhã cedo as pessoas encontraram o homem morto a uma altura de apenas dois metros do chão pendurado pela corda.

Quantas vezes nos deparamos com certas situações que só nos basta cortar a corda que nos prende e não permite que sejamos livres dos obstáculos que querem nos destruir.

Quantas vezes você ouviu uma voz suave sussurrando ao seu ouvido:
- Corta a corda do ódio porque o amor está bem perto de você...
- Corta a corda do medo e revista-se de coragem, porque lá na frente há um porto seguro...
- Corta a corda do desespero e revista-se de esperança, porque no fim do túnel há uma luz...
- Corta a corda da amargura e abraça-te com a alegria de viver e poder ser feliz...
- Corta a corda do rancor e revista-se de empatia, pois outras pessoas estão contando com a tua amizade...
- Corta a corda da falta de confiança e joga-te nos braços daquele que te protege com seu manto...
- Corta a corda, corta a corda, corta a corda...

Quando estivermos em apuros sempre ouviremos a voz do amado das nossas almas dizendo, corta a corda que você vai cair em meus braços!

Nunca deixe as profundezas das águas roubarem sua fé!

Não faça da altura das rochas um obstáculo para alcançar a maturidade!
Sempre que for preciso, corte a corda porque você vai cair nos braços de Cristo!

Tenha sempre a convicção que o olhar de Cristo em nossa direção sempre nos dá segurança!

Por mais que as rochas se transformem em montanhas enormes, Ele sempre estará por perto, não apenas nos mostrando o caminho, mas também nos ajudando a prosseguir.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

ENTRE A VERDADE E A REALIDADE - QUANTO VALE SEU VOTO?


Por Hélio Machado


  

“Porque nada podemos contra a verdade, 
 senão em favor da própria verdade”.
  (2 Coríntios 13:8).




Houve um homem na história que um dia ousou perguntar para Jesus: “o que é a verdade?” (João 18:38). Este homem foi o governador romano Pôncio Pilatos que governou a Judéia entre os anos 26 a 36 DC. Ele fez esta pergunta momentos antes de ordenar que Cristo fosse crucificado.


Infelizmente para Pilatos a pergunta era apenas uma questão de retórica, sem estar interessado por uma resposta, pois a verdade para ele era apenas uma questão de conveniência, ou seja, se manter no poder, nem que para isto tivesse que ordenar a morte de um justo para contentar seus súditos e evitar divergências com possíveis aliados políticos.

Um dia, porém, Pôncio Pilatos vai estar frente a frente com Jesus no dia do juízo final e terá que reconhecer realmente o que é, e com quem estava a verdade. Não mais poderá fazer o jogo da conveniência e sim prostrar-se diante do rei dos reis e receber sua sentencia final.

Todavia parece que Pilatos conseguiu atrair uma lista enorme de seguidores que ainda hoje continuam agindo da mesma maneira que Pilatos agiu. São capazes de reconhecer a realidade dos fatos, mas, contudo preferem lavar as mãos na hora de tomar decisões que correspondam à ética e à verdade. É só você dar uma olhadinha pelo retrovisor nos reflexos da história e analisar o que disseram muitos políticos no passado e o que dizem hoje. O que prometeram antes e o que fizeram ou fazem quando no exercício do poder. Quem eram seus inimigos ontem e quem são seus amigos hoje.

É só você olhar o ontem e o hoje e perceberá que “como nunca na história deste país”, as mesmas coisas, os mesmos hábitos, as mesmas negociatas, as mesmas manipulações, os mesmos golpes aos cofres públicos, os mesmos rastros de corrupção, continuam a se desenrolar normalmente, e com um detalhe: “fazem sem ter nenhum medo de serem incomodados”.

Enquanto isto, nós por aqui, pobres cidadãos, “inocentes” o bastante a ponto de acreditarmos em “papai-noel”, nas próximas eleições vamos nos contentar com “chupetas, pirulitos, bonecas e bolas de gude”, que os tão bondosos “políticos-noeis” vão nos oferecer em troca de nosso tão forte e valioso, porém ao mesmo tempo tão inofensivo voto.

Digo inofensivo porque na hora de votar, sem querer generalizar, desculpe a metáfora, mas agimos como verdadeiros elefantes de circo. O elefante é um animal extremamente forte, mas um domador consegue o amarrar com uma simples corrente ao pé. Se ele soubesse a força que tem, entenderia que jamais alguém conseguiria o deter com uma simples amarradura. Assim somos nós na hora de votar. Hipnotizam-nos fácil na hora do voto, e depois ficam livres de nós por mais quatro ou oito anos.

Então o que devemos fazer? Devemos votar! Mas votar consciente e não pelo jogo da conveniência. O que não devemos é deixar de votar. Jamais devemos pensar que não votando estaremos obtendo algum beneficio com isto, ou dando o troco para algum político corrupto, pois cada voto consciente que é depositado na urna é um voto a menos a favor daqueles que procuram se eleger através da força do poder financeiro ou da manipulação política.

Como diz o velho adágio popular, nunca é tarde para começar. Mas devemos começar educando a nós mesmo, nossos hábitos, nosso caráter, nossa consciência, etc. Depois irmos às urnas e depositar o nosso voto; não naquele que o compadre, o amigo, o padre, o pastor, ou o patrão disse que é para votar, mas sim naquele em que após analisarmos seu currículo, seu passado e sua história de vida; entendermos ser, se não o melhor, mas então o menos ruim, para nos representar tanto no poder legislativo como no poder executivo.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

NÃO DESISTA! AINDA É POSSÍVEL SONHAR



Por que sete vezes cairá o justo e se levantará, mas os perversos são derribados pela calamidade. (Provérbios 24.16)



NÃO DESISTA! AINDA É POSSÍVEL SONHAR

Por Hélio Machado

Conta-se a história de um garoto, que um dia resolveu matricular-se em uma escola de música. Aquele garoto tinha impregnado em suas emoções um sonho de se tornar um músico profissional.

Porém, apesar de seu entusiasmo um dia seu professor chamou os seus pais e lhes passou um relatório nada favorável. Disse-lhes, que o garoto possuía uma maneira um tanto estranha de manusear o violino. Que o garoto preferia tocar as suas próprias canções, ao invés de tentar aprimorar a sua técnica. Sendo assim o professor desqualificou aquele garoto, dizendo aos seus pais que não via nele nenhuma perspectiva de o mesmo algum dia se tornar um músico profissional.

Porém aquele garoto não desistiu diante do veredito de seu professor. Prosseguiu na busca de seu sonho. O tempo passou. Seu professor morreu no anonimato. Porém, aquele garoto cresceu e conseguiu ser não apenas um músico, mas um dos maiores maestros e compositores de todos os tempos. Estou falando de Ludwig Van Beethoven, um dos maiores músicos de toda a história da humanidade.

Uma coisa que aprendo com a história, é que impregnado no contexto biográfico de grandes vencedores encontramos muitos resquícios de rejeição. Em cada história é possível se perceber um gesto de desprezo ou descrédito por parte daqueles cercaram muitos vencedores no início de suas trajetórias.

Isso vale para todos os aspectos da vida. Os aplausos nem sempre acontecem no inicio, mas geralmente no fim. É por isso que devemos estar preparados, para se preciso até enfrentar algumas vaias no começo para conseguir arrancar alguns aplausos no final.

Devemos, contudo, construir nossa realidade, dando um passo de cada vez. O número de degraus a ser alcançado será o resultado de duas realidades: o tamanho da sua coragem e da sua segurança. Você precisará de ambas na hora de mudar para o próximo degrau.

Nunca pule no escuro. Mas também não fique apenas olhando para baixo. Não importa que muitos não acreditem em você. Apenas tome cuidado para dar um passo de cada vez. E também na mesma direção.

Quanto à altura, deixe que o tempo conte os degraus. Pratique a arte da prudência, principalmente para com aqueles que estão ao seu lado apenas esperando por uma queda fatal.

Existe, porém um detalhe. A vida é feita de sonhos. Porém, para que os mesmos se concretizem, é necessário que vivamos, a maior parte de nosso tempo muito bem acordado.

Em Cristo!
Hélio machado

segunda-feira, 14 de maio de 2012

EU SEI QUE ELE ESTÁ LÁ


Por Hélio Machado

Quem pelo menos uma vez em sua existência, já não parou estupefato diante da beleza oriunda de algum objeto da criação?

Quem já não respirou fundo diante do aroma exalado pelo perfume de uma rosa ou até mesmo pelo simples cheiro de alguma hortaliça qualquer?

Quanta beleza projeta a natureza! Quão surpreendente é a diversidade de espécies vivas que já foram descobertas, tanto na terra, como nas profundezas dos mares!

E o mundo das galáxias! Quão extraordinário é o sistema planetário!

E o mistério da formação de um feto no ventre de uma mãe! Que mistério profundo é este que faz gerar uma nova vida?

Quantas diversidades de coisas estão contextualizadas neste incomensurável universo! São imagens capazes de produzir um brilho em nosso olhar. São mais que imagens! São reflexos do esplendor, da magnitude, da grandeza dos mistérios divino, registrados através da lente de nossa alma.

Tudo isto para mim é motivo mais que suficiente para eu acreditar que existe um Deus, e que se faz revelar através de seus atributos, dando um toque de essência em todos os aspectos que emolduram a centelha da vida.

Certa vez ao ser questionado em uma entrevista Drummond disse: “Não é posição de mineiro, é visão filosófica antiqüíssima. Como não consegui achar uma solução para este problema, para que me atazanar com isto?”. Ele fez esta afirmação ao declarar-se “agnóstico” (aquela pessoa que não tem argumento para negar a existência de Deus nem para crer que ele existe).

Houve, porém, um outro poeta no passado que ao contrário de Drummond, não teve medo de declarar sua crença na existência de um Deus criador. Numa linguagem oriunda da poética hebraica Davi o grande poeta e rei de Israel; expressa não apenas sua crença, mas também sua intimidade devocional para com seu Deus, e também o autor da sua fé. Suas palavras traduziam o sentimento de sua alma.

Como era prazeroso para Davi tornar público e notório o vinculo de sua devoção.  Cada alvorecer em que o sol aparecia como quem surge por de trás do oceano; cada entardecer em que o mesmo se escondia atrás das montanhas; a dimensão entre Ocidente e Oriente alcançada pelo reflexo de sua imaginação, tudo proporcionava para Davi um motivo de júbilo.

Até posso visualizar o poeta passeando através dos salientes e acidentais contornos geográficos de Israel! Em um dia caminhando pelo vale de Jezreel; em outro deixando seus pés banhar-se pelas águas do Jordão; já em outro subindo até as partes mais altas do monte de Sião, a uma altura de aproximadamente 800 metros, ao nível do Mediterrâneo, erguer seus olhos, e com uma contemplação reverencial, prostrar-se diante da excelência divina e declarar:

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa há outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; No entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. (Sl 19:1-4).

Deus existe! Esta certeza me faz prosseguir. Mesmo que a estrada seja composta de pedras ou espinhos; mesmo que o dia esteja definhando e a escuridão da noite ofusque o sabor da minha contemplação; ainda assim eu sei que Ele sempre vai estar lá.

Vai estar lá no terceiro céu, onde a capacidade humana exceto por uma dimensão transcendental jamais conseguirá se aproximar. Estará lá regendo o firmamento, desfrutando da glória e da grandeza de toda sua criação.

Todavia, também estará na próxima esquina da vida em que eu me defrontar com qualquer situação que possa ferir meus sentimentos. Mesmo que esteja em silencio, contudo eu tenho plena certeza que Ele vai estar lá. E como na poesia do salmista eu também direi: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria virá pela manhã” (Sl 30.5).

Uma manhã onde o Sol da justiça há de brilhar. Brilhar no quintal dos menos favorecidos, daqueles que somente o calor do seu carinho pode aquecer seus corações aflitos. E no final poder erguer os olhos para o céu e num gesto de plena ousadia assim como Jó também poder dizer: “Porque eu sei que o meu Redentor vive” (Jó 19. 25).

sexta-feira, 11 de maio de 2012

QUANTO VALE SER HONESTO?



“E conhecereis a verdade
e a verdade vos libertará”.
(João 8:32)










QUANTO VALE SER HONESTO?
 Por Hélio Machado

Assisti certo dia a uma reportagem na TV que me trouxe a esta reflexão. A reportagem mostrava a realidade de algumas famílias na cidade de Salvador. Era o outro lado, o lado da miséria, da pobreza.

Mas o que me chamou a atenção foram algumas atitudes daquelas pessoas mostradas na reportagem.

Elas saiam de madrugada de casa e viajavam 45 km utilizando meios de transporte bastante precários, para chegar até o Ceasa de Salvador, uma grande feira de frutas, verduras e legumes.

Acontece que, quando os funcionários do Ceasa, reciclam as mercadorias, e colocam no lixão, estas pessoas chegam e fazem um trabalho de seleção das mercadorias que ainda dá para ser aproveitada e levam para sua comunidade.

Chegando de volta estas pessoas montam em frente a suas residências (Cabanas cobertas com lona), uma espécie de barraquinha, e revendem para seus vizinhos por um preço menor, para com este dinheiro comprar, outros tipos de alimentos como o arroz, o feijão, o café, ovos, etc.

Ao olhar nas imagens produzidas pela TV, e observando a realidade de cada casebre onde aquelas pessoas viviam; a forma que encontraram para angariar seus sustentos; percebi que, embora aquelas pessoas não sejam imunes de inúmeros defeitos, e com certeza carreguem consigo muitas seqüelas diante da situação de miséria em que vivem, porém de alguma maneira aquelas pessoas estavam dando um exemplo de honestidade.

Elas estavam tentando driblar a fome, a miséria, utilizando um meio mesmo que quase subumano, porém honesto para sobreviver.

Em outro ângulo temos o contraste, produzido por figuras não gratas, como os Calheiros, os Dirceus, os Nicolaus, as Georgianas, os Fernadinhos Beira mar, os Marcos Valério, os cachoeiras da vida, e muitos outros que tanto mal fizeram e fazem para nosso país, produzindo um estereotipo de safadeza, crueldade e impunidade, roubando não somente o dinheiro, mas também o conceito de dignidade que acaba sendo manchado, aos olhos globalizados de nossa comunidade.

Cabe a nós, porém, mostrar que é possível ser honesto, começando por nós mesmo. È nos mínimos detalhes que começa a ser moldado o nosso caráter.

Começa com seu filho nos braços, talvez quando você promete balinha para ele não chorar, ou que vai comprar um carrinho, levar ele no parque, levando o mesmo a se iludir, porém você sabe que não vai cumprir o que ta prometendo.

Quando seu filho crescer ele poderá se tornar um político, e com um hábito já pronto para ser exercitado, o de enganar o eleitor, prometendo e não fazendo. Isto ele aprendeu na infância vendo seus pais fazerem para ele mesmo.

E a lista é extensa, na escola, no namoro, no casamento, no trabalho, nos negócios, etc.

Quem é verdadeiro no que faz nunca precisará arranjar uma desculpa. Terá sempre uma resposta.

Para encerrar deixo aqui um conselho do maior líder espiritual da história do Cristianismo que pisou na terra depois de Jesus, o Apóstolo Paulo:

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. (Filipenses 4:8)


Helio Machado é autor do livro “Graça o Estereótipo de Cristo”


terça-feira, 8 de maio de 2012

O CARPINTEIRO DE NAZARÉ



O CARPINTEIRO DE NAZARÉ

Imagine você chegando a uma fábrica para encomendar alguns móveis! Você é o tipo de cliente exigente, porém, você tem uma surpresa, depara-se com um fabricante mais exigente que você, onde tudo deve ser produzido da maneira mais perfeita possível.

Era a marca da perfeição, impregnada nas mãos de um fabricante que logo mais, estaria levantando a bandeira da ética em todos os aspectos da vida. O que valia não era apenas a prestação de um bom serviço, mas mostrar para o mundo que é possível ser honesto na vida.

Estou falando de Jesus, o carpinteiro de Nazaré, que em seguida a começar pela Palestina, estaria ultrapassando os limites de seu convívio familiar, e adentrando na vida da humanidade através de seu ministério messiânico, não mais como um simples carpinteiro, mas como o Messias prometido, salvador da humanidade, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Em breve ele estaria caminhando pelas ruas da Palestina, e em cada lugar onde houvesse uma alma aflita seria motivo de sua especial atenção.

Imagine a expectativa de um povo que olhava nos olhos daquele judeu e viam que era o momento do tudo ou nada! Precisava-se depositar toda confiança, ou então, rejeitá-lo como Messias prometido. Mas a cada passo, a cada milagre a seguir, sua realidade transparecia cada vez mais explícita aos olhos do povo. Ele era o Messias!

Quantos agora poderiam contar com seu auxílio na hora da dor? Muitos se jogariam aos seus pés pedindo alguma coisa e ele os levantaria pela mão em resposta positiva. O mundo agora conheceria seus métodos de ensino, que não eram nada agressivos, pois qualquer gesto da natureza seria suficiente para a construção de uma abordagem, que levaria seus seguidores a compreensão clara dos valores na qual Ele defendia. Pelas estradas da Galiléia caminhava a esperança, que se espalharia em seguida pelo mundo, proclamando a salvação a todos que a desejasse.
        
Muitos milagres e maravilhas a partir de então seriam vivenciados através de Jesus. A começar pela festa de casamento em Caná da Galiléia. Há se Ele não estivesse presente! Que vergonha não passaria o dono da festa! Mas, Jesus teve a proeza de transformar talhas cheias apenas de água em uma espécie de vinho, com um sabor jamais experimentado.

E o que dizer do leproso que se aproximou dele, depois de ter que se afastar de todos os da sua gente? (pois a lei assim ordenava que um leproso fosse obrigado a afastar de todos e viver solitário). Mas, agora Jesus devolvia a ele o direito novamente da aproximação!

E os paralíticos?... Os cegos?... Os surdos?...Os mudos?...Os infelizes?...Os desesperados? Etc...

Jesus era a esperança em forma humana caminhando pelas ruas, pelas vilas da região da Palestina.

Imagine quantos encontros e desencontros se sucederiam até o encontro na cruz! Seriam momentos de júbilo pela presença real do verbo, mas também teriam os momentos que precederiam as horas de angústia e aflição.

O mundo conheceria um Jesus sereno que seria capaz de comer com pecadores, mas também um Cristo enérgico capaz de virar mesas; utilizar-se de um azorrague para defender a santidade do templo.

Quantos impostores tentariam lhe deter? Mas, ele tinha uma missão a cumprir e a levaria firme até o fim. Seu destino era a cruz e Ele sabia! Mas, resultaria em glória e isto é o que importava.

Era um novo tempo; Um tempo de graça; O verbo se fez carne e habitou entre nós.

OBS: Texto extraído do livro “Graça, o Estereótipo de Cristo” de autoria de Hélio Machado.
http://www.livrariagracaeconhecimento.com.br/loja/index.php?action=produto&produto=001361


segunda-feira, 7 de maio de 2012

ALEGRANDO A FESTA


...houve um casamento em Caná da Galiléia. 
A mãe de Jesus estava ali, 
e Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento. 
(João 2. 1,2)









ALEGRANDO A FESTA
 Por Hélio Machado

Petiscos; Beliscos; Chuviscos; Carne; Licor; Alegria; Arraial; Festa. Era uma festa de casamento aos moldes dos costumes dos judeus dos tempos bíblicos.

E que festa! Os judeus sempre gostaram muito de festas. Apreciavam muito, comemorações bem elaboradas. Os casamentos eram sempre realizados com muita celebração, e seus festejos poderiam durar até uma semana ou mais.

Antes do casamento havia o cortejo nupcial. A noiva saía de sua casa com seus convidados e o noivo vinha de um outro lugar por ele escolhido. De praxe, o local para o encontro era a casa do pai do noivo - o patrocinador da festa. Na festa de casamento em Caná da Galiléia, entre os convidados estavam Jesus e sua família, e também os seus discípulos.

Era um momento especial! A noiva estava deslumbrante. Havia se ataviado com muito esmero. Queria uma imagem para a posteridade. O noivo esnobando sua vaidade recepcionava seus amigos com muito entusiasmo. Era o dia do seu casamento. Uma data que ninguém esquece.

Uma festa e tanto! Regada a muita música, danças típicas, comida á vontade e principalmente muito vinho. Chegou, porém em um determinado momento da festa em que o vinho acabou.

O que fazer quando o vinho acaba? Em algumas circunstâncias não existe nada que possa ser feito. A não ser que você tenha Jesus como convidado na festa.

Até aquele momento possivelmente a presença de Jesus passava despercebida. Muito menos era visto como um ilustre convidado. Para muitos sua presença até era ignorada.  Afinal ele era apenas mais um entre os demais. 

Porém é na hora que se precisa de um milagre que se percebe o quanto é importante ter Jesus por perto. Os servidores e o dono da festa do casamento em Caná da galiléia que o digam.

Um detalhe que me chama a atenção é que a intercessão de Maria não funcionou quando ela percebeu a falta de vinho. A resposta de Jesus para ela foi até um tanto áspera:
- Mulher que tenho eu contigo.
- Ainda não é chegado a minha hora.

Isto significa que se Jesus não resolver agir de nada vale pedir ajuda para sua mãe. Em se tratando de milagre parece que ela não tem influencia nenhuma. É melhor contar diretamente com a ajuda Cristo. Ele é quem resolve e mais ninguém.

O que importa mesmo é fazer tudo que Ele disser. Essa, inclusive foi a orientação de Maria para os barman que estavam servindo na festa. Em outras palavras era como se ela tivesse dito:
- Olha pessoal!
- O negócio é com ele.
- Eu não mando nada.
- Mas vocês façam tudo o que ele disser!
- Ele é quem resolve.
        
E Ele resolveu.


          






sábado, 5 de maio de 2012

AS FACES DO PERDÃO




Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. (Mateus 18. 21,22)

AS FACES DO PERDÃO
 Por Hélio Machado

Certo beduíno estava dentro de sua tenda ao sol da palestina quando entrou correndo, um garoto adolescente, que se refugiou através dele, chorando e grunhindo.

Logo em seguida, chegou uma turba alvoroçada, empunhando pedaços de paus e facas. Abriram a portinhola da tenda e disseram ao beduíno: “dá-nos este garoto porque ele é assassino”.

O beduíno respondeu: “Mas há uma lei entre nós que diz que, quando um assassino se refugia numa tenda e o dono da tenda lhe dá abrigo, ele está absolvido. Eu me compadeci deste garoto, e quero perdoar-lhe”. E o garoto tremia...

Então eles lhe disseram: “Você lhe quer perdoar porque não sabe quem ele matou”. E o beduíno respondeu: “Não importa, eu quero perdoar ele”.

Os homens então lhe disseram: “A pessoa quem ele matou é seu filho. Vá ver o corpo sangrando na areia ali fora”.

O beduíno caiu num profundo silêncio, depois enxugando as lágrimas, disse: “Então eu vou criá-lo como se fosse o meu filho, a quem ele matou”.

Perdão!

Como, e porque, perdoar àqueles que nos proporcionaram experiências dolorosas?

Como não permitir, que as feridas que foram abertas em nossa alma, que machucaram nosso orgulho, que machucaram nossa reputação, infeccionem com o passar dos anos e venham a contaminar todo o nosso corpo?

Eis aqui um tema, sobre o qual a única pessoa que pode realmente nos ensinar é Jesus.

Para quem quer um exemplo registrado na Bíblia narrado pelo próprio senhor Jesus leia (Mateus 18. 23-35).

Nada que os homens possam nos fazer se compara ao que temos feito a Deus! E continuamos a fazer diariamente.

E se Deus tem perdoado nossa dívida para com Ele, como podemos deixar de oferecer este perdão aos outros que, comparativamente, nos devem tão pouco?

Tudo que você possa fazer no sentido do perdão não passa de sombra da “DIVIDA” que lhe foi perdoada na cruz.

Além do mais observe cada atitude de Cristo. Judas por exemplo quando lhe traiu o vendendo por 30 moedas de prata.

Quando se encontrou com Jesus no Getsêmani para perpetuar o beijo da traição Jesus o fitou nos olhos e disse: “Amigo a que vieste?”.

Mesmo ali diante da atitude perversa de Judas, Jesus ainda o chamou de amigo.

Eu posso parafrasear com minha imaginação: “Jesus com estas palavras estava tentando tocar na consciência de Judas lhe dando uma última oportunidade para que se arrependesse”.

E as palavras de Cristo na cruz diante de seus malfeitores: “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.

Em cada atitude de Cristo havia sempre um gesto sublime de perdão.

Perdão! Uma palavra que traduz um sentido extraordinário.

Quantas coisas ruins poderiam ser evitadas!
Quantas outras poderiam ser concertadas!
Se pudéssemos vivenciar a linguagem do perdão.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

PAZ NA TEMPESTADE




Por Hélio Machado

Ontem eu olhei pro céu e não vi aquela luz.
Nuvens cinzentas ocupavam o seu lugar. Então eu chorei.
Chorei lágrimas de uma noite triste em meio à tempestade.

Uma tempestade que se originou nas entranhas do meu ser.
Eram nuvens densas que cobriam o azul do céu.
Fiquei só. Então eu chorei.

Chorei lágrimas de uma sombra escura que ofuscou o meu olhar.
Uma sombra que se originou nos recônditos da minha alma. 
Sombra o bastante para ofuscar a luz do meu sol. Então eu chorei.

Chorei lágrimas de um desejo reprimido.
Um desejo que não podia se expressar.
Um desejo de ser forte o bastante para poder ver...

Ver o mundo como ele realmente é...
Ver a vida por traz dos traços da morte...
Ver a alegria sem sentir vontade de chorar...
Ver o medo sem ter vontade de correr...
Ver a noite sem que haja necessidade de dormir...
Ver a sombra e não sentir desejo de fugir...
Ver o ódio sem querer sentir um pouco do seu sabor...
Ver a indiferença e ao mesmo tempo ser a diferença...
Ver o ontem e saber que poderei sorrir no amanhã...

Parece um poema. Ou uma prece talvez. Ou quem sabe uma reflexão. Ou apenas uma mensagem. Sei lá. Acho que são apenas palavras talvez. Mas que falam de sentimentos. Originam-se na alma. Tocam no espírito. Voltam para a alma. E incendeiam o coração.

Sabe. O tempo está correndo. Mas parece que o cronômetro não sai do lugar. Não sei o que houve com você. Não sei o que houve comigo. Não sei o que houve com nós todos. Sei lá. Só Deus sabe.

Mas uma coisa eu sei. O tempo se vai. E pode não mais voltar. Então é hora de apertar o cinto. Ascender a lâmpada. Girar o motor. Dar meia volta. E seguir outra vez. Mas desta vez para frente. Não mais para traz.

Ainda resta um caminho. Um caminho estreito. Que conduz ao céu. Olhe uma placa. Um único nome – Jesus. Quem passar por ele sobreviverá.

Já estamos quase no final. No final da história. Mas não da minha e sim de toda a história. Olhe pelo retrovisor. Você verá.

Que o vento passou. A tempestade acalmou. A luz de novo raiou. A poeira sumiu. As nuvens se dissiparam. Já não existem mais sombras. Graças a Ele.

Por Ele, e pára Ele, o dia clareou. 
No final da história só restou uma luz. 
Jesus. Ele nos salvou.