terça-feira, 19 de março de 2013

OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA: O ataque contra Marco Feliciano Por João da Paz em 19/03/2013 na edição 738


No dia 7 de março de 2013, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados elegeu Marco Feliciano (PSC-SP) para ser o presidente. Antes da eleição e após ela diversos veículos da imprensa brasileira produziram peças jornalísticas questionando opiniões e ações do deputado. Em editorial, o jornal Folha de S.Paulo, em espaço legitimamente dedicado à opinião do veículo, disse que Feliciano não tem condições de exercer o cargo na tal comissão. Por sua vez o jornal O Globopublicou reportagemdestacando bens pessoais do deputado/pastor, por mais que tende à incitação favorável aos que divergem de Feliciano, ao menos o ouviu e o texto tem trechos de imparcialidade.
É pregado nas salas de universidades a necessidade do jornalista não tomar lado ao escrever uma matéria, de buscar ouvir ambos pontos da situação e apresentar ao público um produto sem teor opinativo. Sabemos, porém, que na prática é diferente. A peça de O Globo é um exemplo disso, pois exerceu o bê-á-bá do jornalismo em quase todos os aspectos, mas a inclinação humana de escolher um posicionamento ficou implícita no produto final.
Entre tantos materiais colocados na praça, das mais variadas qualidades, se destaca a postura agressiva da revista IstoÉ contra Marco Feliciano. Ela, que exibe orgulhosa o slogan “independente” junto ao seu logo, externou opinião em duas reportagens publicadas em edições seguidas do semanário.
Razão perdida
Na edição de 8 de março (número 2260), a investida agressiva aparece no título da reportagem: “Maldição nos Direitos Humanos“, assinada por Alan Rodrigues. Recheada de posicionamentos julgadores e pareceres afirmativos, é um texto feito para não ser jornalístico. Não que Marco Feliciano seja imune à crítica – pelo contrário, diga-se –, mas note alguns trechos da matéria e observe se há jornalismo neles; lembrando que o famoso “outro lado” não foi ouvido:
“Com 40 anos, o pastor da Igreja Assembleia de Deus é conhecido por suas posições preconceituosas em relação a negros e homossexuais, entre outros temas.”
“Num mundo tolerante, qualidade que não parece agradar Feliciano, qualquer opinião deve ser respeitada, exceto quando elas se tornam apologia de crimes como o racismo e a homofobia. Pessoas como o deputado do PSC não deveriam sequer ser cotadas para integrar a Comissão de Direitos Humanos, quanto mais para presidi-las.”
IstoÉ abraça o erro que a opinião comum reverbera, mas que uma empresa jornalística tem de evitar. Uma análise fria e isenta é suficiente para concluir que as declarações de Feliciano estão mais para burras e incoerentes do que racistas e criminosas. A revista oferece espaço para abastecer uma intolerância (religiosas) quando tenta defender outra intolerância (homossexual). Aí, a razão é perdida.
Sem o “outro lado”
Nessa reportagem são exibidas falas de parlamentares que se opõem a Feliciano: Jean Wyllys (PT-RJ) e Domingos Dutra (PT-MA). Dutra, importante salientar, é ex-presidente da comissão e na reportagem seguinte uma declaração sua foi ressaltada num “olho”, reforçando o viés da revista nessa questão.
A matéria da edição de 15 de março (número 2261) vem com o título “A sonegação de Feliciano“. A frase de Dutra é esta: “Apelamos para o Judiciário para impedir que a comissão vire um centro fundamentalista e retrógado”. É usada a técnica de pegar uma opinião de outro para mostrar qual opinião do repórter/veículo – a matéria é assinada por Claudio Dantas e Izabelle Torres.
Se bem que não precisava utilizar o malandro artifício. Observe trechos da matéria:
“O que esperar de um líder religioso que prega a intolerância sexual e o preconceito racial?”
“Trata-se da maior aberração política dos tempos recentes.”
Essa matéria também não teve o “outro lado”.
Os valores defendidos
Qualquer veículo de comunicação tem o direito de opinar e para tanto há um espaço para isso chamado de “Editorial”. Contudo é praxe acontecer o que a IstoÉ fez nessas últimas duas semanas; se bem que erros comuns não se justificam e nem se transformam em acertos.
A posição contrária da IstoÉ contra Feliciano é clara, mas por que palavras tão ofensivas? Qual é o motivo? Três repórteres diferentes, duas edições distintas e uma opinião que de nada contribui para uma revista que dita independente deveria agir como tal.
Visto que são nítidos os valores defendidos nos textos apresentados e qual oposição é pleiteada.
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João da Paz é jornalista, São Paulo, SP

sábado, 16 de março de 2013

'Jornalismo ou linchamento?' sobre Marco Feliciano, Reinaldo Azevedo da Veja critica jornalistas

Reinaldo AzevedoEm meio a repercussão e polêmicas da eleição do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) para a CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias), da Câmara dos Deputados, o conceituado colunista da revista veja, Reinaldo Azevedo, criticou postura dos jornalistas sobre a maneira como vem dando a notícia sobre o assunto de forma imprecisa e condenatória. “Jornalismo ou linchamento? Jornalismo ou adesão às causas, sem dar ao outro o direito de defesa?”, questiona Azevedo.
O colunista conta que assistiu em um canal TV a cabo um repórter referindo-se o tumulto promovido por militantes na CDHM, afirmando repetidamente e de forma genérica de que o deputado Marco Feliciano fez declarações contra negros e homossexuais. “Não deixarei que prospere em silêncio o linchamento desses ou daquele, concorde eu com eles ou não. A reportagem foi repetida umas 200 vezes. Lamento! Isso é mentira! Dito desse modo, é mentira. Pergunto: é licito mentir sobre uma pessoa de quem discordamos? É lícito ser genérico, impreciso, em tom condenatório, contra uma pessoa com a qual não concordamos?"
O colunista coloca em questão a liberdade de opinião, em que o jornalista não concorda de forma opinativa sobre o assunto e sua noticia já o condena, sem mesmo apurar e contextualizar os fatos. “O pastor é contra o casamento gay. Eu, por exemplo, sou a favor. O papatambém é contra. O repórter passará agora a se referir a Francisco como aquele que faz “declarações contra gays”? Ser contra o casamento gay - isto é, igualar os estatutos das uniões - é ser contra gays? Não é! É só uma opinião”, avalia Azevedo, que ressalta ainda que o Casamento é um acordo social e não é um direito divino. “Assim como sou a favor, há os que são contra. Com todo o direito de sê-lo”, contesta.
Quantos as declarações polêmicas de que os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé, em que foi interpretado por muitos como uma opinião racista. “Vamos fazer jornalismo ou linchar pessoas? O pastor em questão é negro, pela sua descendência. Duvido que algum juiz neste país vá tomar por racismo aquela sua tolice sobre o descendente de Noé”, contesta.

terça-feira, 5 de março de 2013

Segundo jornalista, o senador Magno Malta e a deputada Lauriete estão noivos



No fim da última semana o jornalista Jackson Rangel publicou em sua coluna no site Folha do ES que o senador o senador Magno Malta (PR-ES) e a deputada federal Lauriete Rodrigues (PSC-ES) estão noivos.
Segundo Rangel, o casal escondeu a relação até antes das eleições de 2012, por receio da reação dos evangélicos, que são conservadores sobre o divórcio e o recasamento. Ele afirma ainda que o relacionamento, que se fortaleceu em 2011, foi ocultado pela assessoria tanto do senador como da parlamentar, pois eles administravam questões pessoais oriundos do divórcio e da repercussão negativa politica no meio evangélico.
De acordo com jornalista Sérgio Paraviri, a cerimônia de noivado do casal foi oficiada pelo pastor Levi Aguiar de Jesus Ferreira, da Assembleia de Deus no Ibes.
Ainda não houve confirmação oficial do noivado pelas assessorias dos parlamentares.
Por Dan Martins, para o Gospel+