“E conhecereis a verdade,
e a verdade vos libertará”.
(João 8:32)
QUANTO VALE SER
HONESTO?
Por Hélio Machado
Assisti
certo dia a uma reportagem na TV que me trouxe a esta reflexão. A reportagem
mostrava a realidade de algumas famílias na cidade de Salvador. Era o outro
lado, o lado da miséria, da pobreza.
Mas
o que me chamou a atenção foram algumas atitudes daquelas pessoas mostradas na
reportagem.
Elas
saiam de madrugada de casa e viajavam 45 km utilizando meios de transporte bastante
precários, para chegar até o Ceasa de Salvador, uma grande feira de frutas,
verduras e legumes.
Acontece
que, quando os funcionários do Ceasa, reciclam as mercadorias, e colocam no
lixão, estas pessoas chegam e fazem um trabalho de seleção das mercadorias que
ainda dá para ser aproveitada e levam para sua comunidade.
Chegando
de volta estas pessoas montam em frente a suas residências (Cabanas cobertas
com lona), uma espécie de barraquinha, e revendem para seus vizinhos por um
preço menor, para com este dinheiro comprar, outros tipos de alimentos como o
arroz, o feijão, o café, ovos, etc.
Ao
olhar nas imagens produzidas pela TV, e observando a realidade de cada casebre
onde aquelas pessoas viviam; a forma que encontraram para angariar seus
sustentos; percebi que, embora aquelas pessoas não sejam imunes de inúmeros
defeitos, e com certeza carreguem consigo muitas seqüelas diante da situação de
miséria em que vivem, porém de alguma maneira aquelas pessoas estavam dando um
exemplo de honestidade.
Elas
estavam tentando driblar a fome, a miséria, utilizando um meio mesmo que quase
subumano, porém honesto para sobreviver.
Em
outro ângulo temos o contraste, produzido por figuras não gratas, como os
Calheiros, os Dirceus, os Nicolaus, as Georgianas, os Fernadinhos Beira mar, os
Marcos Valério, os cachoeiras da vida, e muitos outros que tanto mal fizeram e fazem para
nosso país, produzindo um estereotipo de safadeza, crueldade e impunidade,
roubando não somente o dinheiro, mas também o conceito de dignidade que acaba
sendo manchado, aos olhos globalizados de nossa comunidade.
Cabe
a nós, porém, mostrar que é possível ser honesto, começando por nós mesmo. È nos
mínimos detalhes que começa a ser moldado o nosso caráter.
Começa
com seu filho nos braços, talvez quando você promete balinha para ele não
chorar, ou que vai comprar um carrinho, levar ele no parque, levando o mesmo a
se iludir, porém você sabe que não vai cumprir o que ta prometendo.
Quando
seu filho crescer ele poderá se tornar um político, e com um hábito já pronto
para ser exercitado, o de enganar o eleitor, prometendo e não fazendo. Isto ele
aprendeu na infância vendo seus pais fazerem para ele mesmo.
E
a lista é extensa, na escola, no namoro, no casamento, no trabalho, nos
negócios, etc.
Quem
é verdadeiro no que faz nunca precisará arranjar uma desculpa. Terá sempre uma
resposta.
Para
encerrar deixo aqui um conselho do maior líder espiritual da história do
Cristianismo que pisou na terra depois de Jesus, o Apóstolo Paulo:
“Finalmente,
irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o
que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o
que ocupe o vosso pensamento”. (Filipenses 4:8)
Helio Machado é autor do livro “Graça o Estereótipo de
Cristo”
A inserção nesse mundo de contrastes gritantes que é a sociedade brasileira, isto é um desafio para todos nós. Como disseste, o cristianismo ainda tem o que nos dizer sobre isso.
ResponderExcluirVerdade! Há se pudéssemos impregnar em todos nós uma concepção de sociedade refletida simplesmente pelos valores do ser e não do ter. Só assim poderíamos respirar mais aliviados olhando para as lentes de nosso retrovisor existencial.
ExcluirPerfeito, parabens.
ResponderExcluirConsbrag Empreendimentos
Um abraco