Por Hélio Machado |
“Porque nada podemos
contra a verdade,
senão em favor da própria verdade”.
(2 Coríntios
13:8).
Houve
um homem na história que um dia ousou perguntar para Jesus: “o que é a
verdade?” (João 18:38). Este homem foi o governador romano Pôncio Pilatos que
governou a Judéia entre os anos 26
a 36 DC. Ele fez esta pergunta momentos antes de ordenar
que Cristo fosse crucificado.
Infelizmente
para Pilatos a pergunta era apenas uma questão de retórica, sem estar
interessado por uma resposta, pois a verdade para ele era apenas uma questão de
conveniência, ou seja, se manter no poder, nem que para isto tivesse que
ordenar a morte de um justo para contentar seus súditos e evitar divergências com
possíveis aliados políticos.
Um
dia, porém, Pôncio Pilatos vai estar frente a frente com Jesus no dia do juízo
final e terá que reconhecer realmente o que é, e com quem estava a verdade. Não
mais poderá fazer o jogo da conveniência e sim prostrar-se diante do rei dos
reis e receber sua sentencia final.
Todavia
parece que Pilatos conseguiu atrair uma lista enorme de seguidores que ainda
hoje continuam agindo da mesma maneira que Pilatos agiu. São capazes de
reconhecer a realidade dos fatos, mas, contudo preferem lavar as mãos na hora
de tomar decisões que correspondam à ética e à verdade. É só você dar uma
olhadinha pelo retrovisor nos reflexos da história e analisar o que disseram
muitos políticos no passado e o que dizem hoje. O que prometeram antes e o que
fizeram ou fazem quando no exercício do poder. Quem eram seus inimigos ontem e
quem são seus amigos hoje.
É
só você olhar o ontem e o hoje e perceberá que “como nunca na história deste país”,
as mesmas coisas, os mesmos hábitos, as mesmas negociatas, as mesmas
manipulações, os mesmos golpes aos cofres públicos, os mesmos rastros de
corrupção, continuam a se desenrolar normalmente, e com um detalhe: “fazem sem
ter nenhum medo de serem incomodados”.
Enquanto
isto, nós por aqui, pobres cidadãos, “inocentes” o bastante a ponto de
acreditarmos em “papai-noel”, nas próximas eleições vamos nos contentar com
“chupetas, pirulitos, bonecas e bolas de gude”, que os tão bondosos
“políticos-noeis” vão nos oferecer em troca de nosso tão forte e valioso, porém
ao mesmo tempo tão inofensivo voto.
Digo
inofensivo porque na hora de votar, sem querer generalizar, desculpe a
metáfora, mas agimos como verdadeiros elefantes de circo. O elefante é um
animal extremamente forte, mas um domador consegue o amarrar com uma simples
corrente ao pé. Se ele soubesse a força que tem, entenderia que jamais alguém
conseguiria o deter com uma simples amarradura. Assim somos nós na hora de
votar. Hipnotizam-nos fácil na hora do voto, e depois ficam livres de nós por
mais quatro ou oito anos.
Então
o que devemos fazer? Devemos votar! Mas votar consciente e não pelo jogo da
conveniência. O que não devemos é deixar de votar. Jamais devemos pensar que
não votando estaremos obtendo algum beneficio com isto, ou dando o troco para
algum político corrupto, pois cada voto consciente que é depositado na urna é
um voto a menos a favor daqueles que procuram se eleger através da força do poder
financeiro ou da manipulação política.
Como
diz o velho adágio popular, nunca é tarde para começar. Mas devemos começar
educando a nós mesmo, nossos hábitos, nosso caráter, nossa consciência, etc. Depois
irmos às urnas e depositar o nosso voto; não naquele que o compadre, o amigo, o
padre, o pastor, ou o patrão disse que é para votar, mas sim naquele em que
após analisarmos seu currículo, seu passado e sua história de vida; entendermos
ser, se não o melhor, mas então o menos ruim, para nos representar tanto
no poder legislativo como no poder executivo.
Tá difícil vc analisar a vida de algum politico e ter a ficha totalmente limpa.
ResponderExcluirConcordo. Infelizmente é a dura realidade de nosso país e de um povo que se apequena a ponto de se deixar comprar. Nome, voto, consciência não tem preço. Abraços.
ResponderExcluirÉ ISSO AÍ. VAMOS FAZER A DIFERENÇA.
ResponderExcluirJOEL ELIAS.