quinta-feira, 17 de maio de 2012

ENTRE A VERDADE E A REALIDADE - QUANTO VALE SEU VOTO?


Por Hélio Machado


  

“Porque nada podemos contra a verdade, 
 senão em favor da própria verdade”.
  (2 Coríntios 13:8).




Houve um homem na história que um dia ousou perguntar para Jesus: “o que é a verdade?” (João 18:38). Este homem foi o governador romano Pôncio Pilatos que governou a Judéia entre os anos 26 a 36 DC. Ele fez esta pergunta momentos antes de ordenar que Cristo fosse crucificado.


Infelizmente para Pilatos a pergunta era apenas uma questão de retórica, sem estar interessado por uma resposta, pois a verdade para ele era apenas uma questão de conveniência, ou seja, se manter no poder, nem que para isto tivesse que ordenar a morte de um justo para contentar seus súditos e evitar divergências com possíveis aliados políticos.

Um dia, porém, Pôncio Pilatos vai estar frente a frente com Jesus no dia do juízo final e terá que reconhecer realmente o que é, e com quem estava a verdade. Não mais poderá fazer o jogo da conveniência e sim prostrar-se diante do rei dos reis e receber sua sentencia final.

Todavia parece que Pilatos conseguiu atrair uma lista enorme de seguidores que ainda hoje continuam agindo da mesma maneira que Pilatos agiu. São capazes de reconhecer a realidade dos fatos, mas, contudo preferem lavar as mãos na hora de tomar decisões que correspondam à ética e à verdade. É só você dar uma olhadinha pelo retrovisor nos reflexos da história e analisar o que disseram muitos políticos no passado e o que dizem hoje. O que prometeram antes e o que fizeram ou fazem quando no exercício do poder. Quem eram seus inimigos ontem e quem são seus amigos hoje.

É só você olhar o ontem e o hoje e perceberá que “como nunca na história deste país”, as mesmas coisas, os mesmos hábitos, as mesmas negociatas, as mesmas manipulações, os mesmos golpes aos cofres públicos, os mesmos rastros de corrupção, continuam a se desenrolar normalmente, e com um detalhe: “fazem sem ter nenhum medo de serem incomodados”.

Enquanto isto, nós por aqui, pobres cidadãos, “inocentes” o bastante a ponto de acreditarmos em “papai-noel”, nas próximas eleições vamos nos contentar com “chupetas, pirulitos, bonecas e bolas de gude”, que os tão bondosos “políticos-noeis” vão nos oferecer em troca de nosso tão forte e valioso, porém ao mesmo tempo tão inofensivo voto.

Digo inofensivo porque na hora de votar, sem querer generalizar, desculpe a metáfora, mas agimos como verdadeiros elefantes de circo. O elefante é um animal extremamente forte, mas um domador consegue o amarrar com uma simples corrente ao pé. Se ele soubesse a força que tem, entenderia que jamais alguém conseguiria o deter com uma simples amarradura. Assim somos nós na hora de votar. Hipnotizam-nos fácil na hora do voto, e depois ficam livres de nós por mais quatro ou oito anos.

Então o que devemos fazer? Devemos votar! Mas votar consciente e não pelo jogo da conveniência. O que não devemos é deixar de votar. Jamais devemos pensar que não votando estaremos obtendo algum beneficio com isto, ou dando o troco para algum político corrupto, pois cada voto consciente que é depositado na urna é um voto a menos a favor daqueles que procuram se eleger através da força do poder financeiro ou da manipulação política.

Como diz o velho adágio popular, nunca é tarde para começar. Mas devemos começar educando a nós mesmo, nossos hábitos, nosso caráter, nossa consciência, etc. Depois irmos às urnas e depositar o nosso voto; não naquele que o compadre, o amigo, o padre, o pastor, ou o patrão disse que é para votar, mas sim naquele em que após analisarmos seu currículo, seu passado e sua história de vida; entendermos ser, se não o melhor, mas então o menos ruim, para nos representar tanto no poder legislativo como no poder executivo.

3 comentários:

  1. Tá difícil vc analisar a vida de algum politico e ter a ficha totalmente limpa.

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  2. Concordo. Infelizmente é a dura realidade de nosso país e de um povo que se apequena a ponto de se deixar comprar. Nome, voto, consciência não tem preço. Abraços.

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  3. É ISSO AÍ. VAMOS FAZER A DIFERENÇA.

    JOEL ELIAS.

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