Então,
Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão
pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não
te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. (Mateus 18. 21,22)
AS FACES DO
PERDÃO
Por Hélio Machado
Certo
beduíno estava dentro de sua tenda ao sol da palestina quando entrou correndo,
um garoto adolescente, que se refugiou através dele, chorando e grunhindo.
Logo
em seguida, chegou uma turba alvoroçada, empunhando pedaços de paus e facas.
Abriram a portinhola da tenda e disseram ao beduíno: “dá-nos este garoto porque
ele é assassino”.
O
beduíno respondeu: “Mas há uma lei entre nós que diz que, quando um assassino
se refugia numa tenda e o dono da tenda lhe dá abrigo, ele está absolvido. Eu
me compadeci deste garoto, e quero perdoar-lhe”. E o garoto tremia...
Então
eles lhe disseram: “Você lhe quer perdoar porque não sabe quem ele matou”. E o
beduíno respondeu: “Não importa, eu quero perdoar ele”.
Os
homens então lhe disseram: “A pessoa quem ele matou é seu filho. Vá ver o corpo
sangrando na areia ali fora”.
O
beduíno caiu num profundo silêncio, depois enxugando as lágrimas, disse: “Então
eu vou criá-lo como se fosse o meu filho, a quem ele matou”.
Perdão!
Como,
e porque, perdoar àqueles que nos proporcionaram experiências dolorosas?
Como
não permitir, que as feridas que foram abertas em nossa alma, que machucaram
nosso orgulho, que machucaram nossa reputação, infeccionem com o passar dos
anos e venham a contaminar todo o nosso corpo?
Eis
aqui um tema, sobre o qual a única pessoa que pode realmente nos ensinar é
Jesus.
Para
quem quer um exemplo registrado na Bíblia narrado pelo próprio senhor Jesus
leia (Mateus 18. 23-35).
Nada
que os homens possam nos fazer se compara ao que temos feito a Deus! E
continuamos a fazer diariamente.
E
se Deus tem perdoado nossa dívida para com Ele, como podemos deixar de oferecer
este perdão aos outros que, comparativamente, nos devem tão pouco?
Tudo
que você possa fazer no sentido do perdão não passa de sombra da “DIVIDA” que
lhe foi perdoada na cruz.
Além
do mais observe cada atitude de Cristo. Judas por exemplo quando lhe traiu o
vendendo por 30 moedas de prata.
Quando
se encontrou com Jesus no Getsêmani para perpetuar o beijo da traição Jesus o
fitou nos olhos e disse: “Amigo a que vieste?”.
Mesmo
ali diante da atitude perversa de Judas, Jesus ainda o chamou de amigo.
Eu
posso parafrasear com minha imaginação: “Jesus com estas palavras estava
tentando tocar na consciência de Judas lhe dando uma última oportunidade para
que se arrependesse”.
E
as palavras de Cristo na cruz diante de seus malfeitores: “Pai perdoa-lhes
porque não sabem o que fazem”.
Em
cada atitude de Cristo havia sempre um gesto sublime de perdão.
Perdão! Uma palavra que traduz um
sentido extraordinário.
Quantas
coisas ruins poderiam ser evitadas!
Quantas
outras poderiam ser concertadas!
Se
pudéssemos vivenciar a linguagem do perdão.
A libertação vem com o Perdão.
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