quinta-feira, 1 de novembro de 2012

VEM E VÊ



Autor Hélio Machado

Seria apenas mais um dia comum como os demais para ele, refletindo a realidade ocupacional de Caná, pequena cidade da região da Galiléia, uma comunidade com o formato sócio-econômico e cultural da região da Palestina dos tempos bíblicos do Novo Testamento.

Não muito longe dali, a pouco mais de seis quilômetros, avistava-se a vizinha comunidade de Nazaré, geograficamente menor e com uma estrutura não mais privilegiada que Caná, detalhes que davam certo tom ao preconceito que sofria a região.

Como sempre as disparidades sociais e econômicas acabam construindo junto com sua história jargões pejorativos que com o passar dos anos terminam misturando-se com o contexto cultural de cada comunidade, e Nazaré possuía os seus.

Como um bom Israelita Natanael mantinha um comportamento pautado pela ética. Uma prova de sua conduta era em ser verdadeiro em suas palavras, pelo menos no que pensava ser a sua verdade. Quando se tratava de espiritualidade não se emocionava muito fácil com qualquer prédica até porque conhecia muito bem o jargão que já era parte do contexto popular de sua região que nenhum profeta procederia da galiléia, colocando assim suas comunidades em uma condição não muito favorável na listagem dos possíveis acontecimentos ligados ao mundo transcendental.

Porém naquele dia um fato novo mudaria para sempre não somente seu conceito, mas também a sua vida. Ao encontrar-se com Filipe, um habitante da vizinha comunidade de Betsaida, Natanael é surpreendido com uma informação: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o nazareno, filho de José”. (João 1:45).

Natanael tinha suas convicções. Alimentava certa expectativa nas promessas originadas da lei e dos profetas. Era consciente da promessa do Messias. Tinha fé o suficiente para acreditar que um dia o Messias viria, mas ao mesmo tempo incredulidade o bastante para aceitar que o Messias poderia estar logo ali, à apenas pouco mais de seis quilômetros de sua casa.

E como quem olha em um retrovisor e avista apenas os resquícios de um temporal, Natanael prefere não ver o arco íris que refletia do céu sinalizando para um dia de sol. Então num gesto de ironia e descrença questiona Filipe: “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?” (Jo 1:46a).

Não posso culpar Natanael por isso. Ainda faltava-lhe uma experiência que transcendesse ao que seu conceito racional e religioso podia assimilar. Somos assim. Nossas convicções quase sempre são frágeis. Somos capazes de construir frases cheias de otimismo, mas no final mesmo sem perceber terminamo-las sempre com um ponto de interrogação. (?)

O que fazer então com uma concepção tão cética? Como acrescentar fé em uma mente tão racional? Era o momento de apresentar mais do que palavras. E Filipe tinha mais do que palavras para apresentar. Com um olhar determinado e com a certeza de quem está com total controle da situação, Filipe formula a Natanael um convite: “Vem e vê” (Jo1: 46b).

Natanael pode constatar pessoalmente e ter a sua própria experiência.
Deixamos que o evangelista João nos conte os detalhes:

Jesus, vendo a Natanael aproximar-se, disse dele: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo! Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu Jesus: Antes de Filipe chamar-te, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira. Replicou-lhe Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel. Disse-lhe Jesus: Por eu te dizer que te vi debaixo da figueira, crês? Maiores coisas do que estas verás. E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem. (João 1:47-51)

ALGUMAS SUGESTÕES DE BONS LIVROS DE CONTEÚDO CRISTÃO PARA UMA BOA LEITURA DEVOCIONAL



















sábado, 15 de setembro de 2012

CANDIDATOS EM LIQUIDAÇÃO


Por Hélio Machado

Ola amigos! Aqui estamos nós outra vez. Trago saudações do Zé ninguém. Conversei com ele ontem e me contou algumas novidades.

Contou-me que descobriu um novo programa na Tevê. O tal de horário eleitoral gratuito. Zé Ninguém queria assistir à novela, mas não a encontrou em nenhum canal. O que descobriu em seu lugar foi o tal de espaço reservado para propaganda eleitoral gratuita. Então resolveu assistir, visto ser o que tinha para o momento.

O que Zé Ninguém não entendeu muito bem foi o significado do nome do programa. “Propaganda eleitoral gratuita”? Por que gratuito? Será que é de graça mesmo? Ninguém está pagando? É tão ruim assim a ponto de eles oferecê-lo de graça?

Bom! Mas como Zé Ninguém cresceu ouvindo um ditado popular que “de graça se aceita até injeção na testa”, então tudo bem.

Porém o que mais aborreceu Zé Ninguém foi a qualidade do programa. Ele achou os atores muito fracos. Muitos coadjuvantes para pouca encenação. Tinham alguns que até pareciam como ele. Não sabiam nem mesmo falar direito.

Zé Ninguém observou ainda, que alguns pareciam estar com medo de alguma coisa, pois não olhavam para as câmeras. Outros deveriam estar com algum problema de esquecimento, pois pareciam, ter levado anotado em algum papel o que iriam falar. E não era nenhum tipo de discurso formal, mas apenas algumas frases rabiscadas, tipo meu nome é..., me chamo..., moro no bairro tal..., meu numero é..., etc.

O que deixou Zé Ninguém apavorado é que muitos que estavam em cena eram chamados de doutor, contudo também interpretavam mal.

Outra coisa que ele percebeu é que quase todo mundo repetia a mesma coisa. Todos se diziam amigos da comunidade, que já realizaram muito pelo município, e que estariam dispostos a fazer muito mais, e assim por diante.

Foi aí que Zé Ninguém percebeu que a comédia não era nada romântica, e que quase tudo não passava de mera ficção.

É mais ou menos assim. Pensam que ainda estão no início. Mas o povo já ouviu pela milésima vez as mesmas repetições. Zé Ninguém já não agüenta mais.

Por um instante Zé Ninguém chegou pensar que estava assistindo a alguma espécie de propaganda de liquidação, tipo aproveite por que está quase de graça, é queima de estoque.

Zé Ninguém até se achou importante. Disse que do tipo deles não seria tão difícil ser ator. Talvez até ele fizesse melhor.

Talvez a única diferença mesmo estivesse no salário que eles receberiam para fazer aquilo, comparando com o salário que ele recebia para trabalhar no batente todos os dias.

Zé Ninguém chegou até iniciar o ensaio de um discurso de improviso, mas então surgiu na tevê um Plim! Plim! E em seguida um comercial.

Era hora de voltar à vida real, pois a novela já estava para começar. 

terça-feira, 31 de julho de 2012

terça-feira, 19 de junho de 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pedro Daniel - MOMENTOS DA VIDA - Composição de Hélio Machado

Ola amigos! Graça e Paz.
Obrigado a todos que seguem e visitam o meu Blog.
Ofereço a vocês este Clip Musical da musica "MOMENTOS DA VIDA" 
É uma composição minha e interpretada pelo cantor Pedro Daniel. 
Espero que gostem.

Cantor Pedro Daniel

sexta-feira, 1 de junho de 2012

MARTIN LUTHER KING - "EU TENHO UM SONHO" - Confira no Vídeo abaixo o discurso que entrou para a História e o transformou no pastor mais conhecido do mundo


Martin Luther King , Jr. (Atlanta, 15 de janeiro de 1929 — Memphis, 4 de abril de 1968) foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo. Ele foi a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é "Eu Tenho Um Sonho". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King_Jr.)