PALAVRAS QUE FALAM - Uma homenagem ao dia do escritor

Por Hélio Machado

Ola! Hoje é dia 25 de julho. Dia Nacional do escritor. E aqui estou eu escrevendo mais uma vez. Falando através das palavras. Parece quase uma redundância. Pois é.

Bom, mas o que importa é que estou aqui. E neste dia além de cumprimentar todos os amigos que utilizam das palavras transformando-as em arte; que conduzem outras pessoas a pensar quero também dizer algo mais. Então lá vai.

Através das palavras eu penso e traduzo os sentimentos da alma, do coração ou de qualquer outra repartição que possa estar armazenado em meu ser algum resquício de introspecção. O certo é que estou vivo e como disse Descartes, “eu penso logo existo”.

Já é um bom começo o fato de poder pensar. Porém, mais interessante ainda é deixar fluir e dar forma cognitiva a cada pensamento. Deixar se permitir a si mesmo ser propiciador de conjecturas introspectivas que possam emanar dos recônditos da própria consciência para a construção de um ideal mesmo que subjetivo, mas que possa ir além das cercas e dos ferrolhos da imposição imperial das mentes soberbas que doentes e incapazes de conjugar corretamente o verbo saber, enchem de ferrugem a limpidez de muitos sorrisos cristalinos fazendo azedar o paladar nos olhos de alguém que poderia em um simples sorriso poder: dizer valeu amigo, você tornou meu dia mais feliz.

Sendo assim, entre uma palavra e outra vou tentando falar ao coração de alguém e compartilhando das delicias que é viver e vivenciar em cada silhueta da alma de quem se ama. A ternura de estar e ao mesmo tempo ser e acima de tudo poder tocar e sentir o que é belo, perfeito, harmonioso na configuração perfeita da vida que em uma palavra simples e quase que diminutiva, porém eterna em seu significado chamada “amor” leva-nos a pronunciá-la em solfejos ou mesmo apenas no silencio da alma expressando esse sentimento lindo que aquece o coração. Mesmo entre noites e manhãs frias de inverno o calor deste aconchego faz-nos flutuar em nossa imaginação aquecendo cada instante de nossa existência e mostrando de forma lúcida e transparente a beleza que sai de dentro para fora e deixa envergonhada a mais perfeita maquiagem por que onde a verdade brilha o calor do seu olhar arranca fora cada máscara mostrando a nudez da alma e o limite de cada batida do coração. 

Hélio Machado