sábado, 16 de março de 2013

'Jornalismo ou linchamento?' sobre Marco Feliciano, Reinaldo Azevedo da Veja critica jornalistas

Reinaldo AzevedoEm meio a repercussão e polêmicas da eleição do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) para a CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias), da Câmara dos Deputados, o conceituado colunista da revista veja, Reinaldo Azevedo, criticou postura dos jornalistas sobre a maneira como vem dando a notícia sobre o assunto de forma imprecisa e condenatória. “Jornalismo ou linchamento? Jornalismo ou adesão às causas, sem dar ao outro o direito de defesa?”, questiona Azevedo.
O colunista conta que assistiu em um canal TV a cabo um repórter referindo-se o tumulto promovido por militantes na CDHM, afirmando repetidamente e de forma genérica de que o deputado Marco Feliciano fez declarações contra negros e homossexuais. “Não deixarei que prospere em silêncio o linchamento desses ou daquele, concorde eu com eles ou não. A reportagem foi repetida umas 200 vezes. Lamento! Isso é mentira! Dito desse modo, é mentira. Pergunto: é licito mentir sobre uma pessoa de quem discordamos? É lícito ser genérico, impreciso, em tom condenatório, contra uma pessoa com a qual não concordamos?"
O colunista coloca em questão a liberdade de opinião, em que o jornalista não concorda de forma opinativa sobre o assunto e sua noticia já o condena, sem mesmo apurar e contextualizar os fatos. “O pastor é contra o casamento gay. Eu, por exemplo, sou a favor. O papatambém é contra. O repórter passará agora a se referir a Francisco como aquele que faz “declarações contra gays”? Ser contra o casamento gay - isto é, igualar os estatutos das uniões - é ser contra gays? Não é! É só uma opinião”, avalia Azevedo, que ressalta ainda que o Casamento é um acordo social e não é um direito divino. “Assim como sou a favor, há os que são contra. Com todo o direito de sê-lo”, contesta.
Quantos as declarações polêmicas de que os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé, em que foi interpretado por muitos como uma opinião racista. “Vamos fazer jornalismo ou linchar pessoas? O pastor em questão é negro, pela sua descendência. Duvido que algum juiz neste país vá tomar por racismo aquela sua tolice sobre o descendente de Noé”, contesta.

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